Data atual:16 de outubro de 2024

Antártida: O que há por debaixo de todo o gelo?

Da superfície da Terra ao mais profundo dos oceanos, existem vários segredos e mistérios a serem explorados. E sob as espessas camadas de gelo da Antártida estão muitos desses mistérios.

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Hoje, sobrevoar a Antártida é perder a vista em meio um deserto de gelo praticamente sem fim. Mas nem sempre foi assim. Debaixo de toda a paisagem branca, pesquisadores encontraram fósseis que revelam um passado que nada lembra os dias de hoje.

Fragmentos de 13 árvores, que ao serem datadas em laboratório, sugerem que há 90 milhões de anos, época em que os dinossauros reinavam, uma densa floresta tropical florescia em solo antártico. Era um planeta muito mais quente do que era hoje. Tanto calor era impulsionado por um nível muito elevado de dióxido de carbono na atmosfera, que provavelmente foi desencadeado por uma série de erupções vulcânicas colossais.

Na época, o nível do mar era 170 metros mais alto do que é hoje, e pensa-se que a temperatura das águas nos trópicos tenha atingido os 35 graus. Mais tarde, foram descobertos outros fósseis de arbustos de faia, árvore típica de climas temperados, que datavam em torno de 5 milhões de anos, o que significa que os arbustos estavam entre as últimas plantas a viver no continente antes do seu resfriamento. Mas todo a infinidade de gelo esconde mais segredos e paisagens nunca antes vistas.

ESTUDOS SOBRE A ANTÁRTIDA

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Um recente estudo encontrou 3 cânions gigantes, com o maior medindo mais 350 quilômetros de comprimento e 35 de largura. É o cânion mais profundo do planeta, tendo quase metade da profundidade do Monte Everest.

Além disso, a Antártida está repleta de lagos, que se interligam com rios e córregos no subsolo mesmo com vários quilômetros de gelo sobre eles. Esses lagos estão isolados do mundo exterior há milhões de anos. A água, apesar de ter uma temperatura negativa, não congela por causa da pressão de todo o peso do gelo acima.

Para estudar melhor esses lagos, cientistas soviéticos iniciaram nos anos 80 uma perfuração de mais de 4 mil metros até o Vostok, o maior lago subglacial da Antártida.

Anos mais tarde, os russos catalogaram algumas espécies de bactérias, inclusive algumas até então desconhecidas pela ciência. (Apenas texto: AF532061). A exploração de lugares inóspitos como o Lago Vostok pode fornecer mais pistas aos cientistas sobre a evolução do planeta, que formas de vida podem existir nas condições mais extremas e, a partir daí, até mesmo entender se existem formas de vida em outros corpos do sistema solar.

Quem sabe quantos outros mistérios estão escondidos sob o gelo da Antártida, apenas esperando para serem descobertos.

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