Data atual:23 de abril de 2024

Algumas coisas Incomuns que a Natureza pode Fazer

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Mesmo os cientistas mais metódicos não deixam de ficar impressionados com a grandiosidade da natureza. Seja a majestade de cânions imponentes, a intensidade de um furacão ou a beleza intrincada de uma borboleta colorida, o mundo ao nosso redor é realmente espetacular. Mas às vezes, a natureza é capaz de fazer coisas no mínimo estranhas, e que não deixam de ser incríveis.

LAGO QUE MUDA DE COR

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Meio redondo e cheio de água, o Lonar, na Índia, se assemelha à maioria dos outros lagos. Mas ele, que foi criado por uma queda de meteorito 50 mil anos atrás, recentemente fez algo que o distinguiu de todos os outros. Em junho desse ano, a água estava opaca e normal durante o dia, mas virou rosa no outro. O que causou a mudança? Ninguém sabe. A principal teoria sugere que vários fatores se combinaram para criar a cor. A queda no nível da água deixou o lago mais salgado e os dias também ficaram quentes. Essa mistura de salinidade e calor desencadeou uma proliferação de algas. Outra hipótese tem a ver com o coronavírus. Enquanto a Índia estava sob lockdown, a região ao redor do lago experimentou pouca ou nenhuma atividade humana, o que pode ter ajudado a acelerar a mudança. Seja como for, o mistério permanece.

CACHOEIRA AO CONTRÁRIO

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Outro fenômeno curioso que aconteceu esse ano vem da Austrália. Algumas cachoeiras perto da cidade de Sydney começaram a fluir ao contrário, ou seja, para cima. Bem, embora pareça ago mágico, a explicação aqui é mais simples. Uma tempestade com ventos fortes o bastante para reverter um enorme fluxo de água. Assim que o vento parou, a cachoeira retornou a sua aparência antiga. Apesar da beleza, o fenômeno não é tão raro assim, e pode acontecer várias vezes no ano e em outras partes do mundo.

MAR AUTO-POLUENTE

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Situado entre a África e a Arábia, o Mar Vermelho é uma das rotas marítimas mais utilizadas do mundo. O transporte marítimo industrial e o uso intenso de combustíveis fósseis na região não estão exatamente perfumando o ar. Mas em 2017, quando pesquisadores mediram diferentes gases na região, a conta não batia. Mesmo quando eles levaram em consideração a poluição brutal causada pelos humanos, a parte norte do Mar Vermelho tinha 40 vezes mais etano e propano do que deveria. A única explicação era que ambos os gases são Liberados naturalmente de reservatórios no fundo do mar. O grande volume que borbulha para a superfície torna o Mar Vermelho uma fonte natural, mas significativa, de poluição do ar. Como esse mecanismo de liberação de gases submersos funciona ainda não está claro.

CHUVA DE POEIRA 

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O que o deserto do Saara tem a ver com as chuvas da Amazônia? Cerca de 5 mil quilômetros separam a Floresta Amazônica e o Deserto do Saara. Mas apesar da distância, esses dois biomas tão distintos têm uma relação mais estreita do que parece. Todos os anos, tempestades no Saara levantam toneladas de poeira. Esse material é transportado de lá em altitudes elevadas através da chamada Zona de Convergência Intertropical, que favorece o transporte de massas de ar do hemisfério Norte para a Amazônia. Os grãos de poeira do Saara atuam como núcleos de condensação de gelo, fazendo com que gotas líquidas, ao atingirem altas altitudes e temperaturas menores que 10 graus negativos, congelem e formem gotas de gelo, que são eficientes no processo de formação de chuva na Amazônia. Além disso, todos os anos o deserto envia, junto com o pó, 22 mil toneladas de fósforo, nutriente encontrado em fertilizantes comerciais e essencial para o crescimento da floresta.

RAIO GIGANTE (709 KM de extensão)

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Dois anos atrás, o tempo ficou ruim no sul do Brasil. Algumas pessoas podem ter apreciado os trovões e os relâmpagos porque afinal era noite de dia das bruxas. Mas um raio levou as coisas ao extremo. Ele nasceu perto da divisa litorânea entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e só foi terminar a 709 quilômetros dali, já na Argentina. O fenômeno clareou a noite durou 16 segundos. É até agora o mais extenso raio já registrado em todo o mundo! Recordes como esse mostram que os raios podem percorrer distâncias muito grandes e as pessoas devem sempre procurar abrigo quando veem uma tempestade se aproximando ou escutam um trovão. Isso é especialmente válido para o Brasil, país com a maior incidência de descargas elétricas do mundo.

VULCÃO F

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O nome pode ser enfadonho, mas o Vulcão F é a fonte de algo incrível. É um vulcão subaquático que fica perto de Tonga, no Oceano Pacífico, e entra em erupção a cada poucos anos. Quando isso acontece, um fenômeno exclusivo transforma a paisagem do oceano. Em 2019, a erupção foi tão grande que o vulcão F liberou tantas pedra-pomes que as rochas flutuantes formaram uma jangada do tamanho de 20 mil campos de futebol. E embora não pareça, isso pode ser ótimo para a vida marinha! A jangada de pedra-pomes está perto da Grande Barreira de Corais, na Austrália, e é provável que dê aos recifes uma nova vida, levando consigo novos corais, algas e animais que as pedras vão cumulando em sua interminável viagem pelo oceano.

ANOMALIA DO ATLÂNTICO SUL 

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A Terra é um ímã gigantesco. Seu campo magnético protege a atmosfera do planeta e a vida humana das partículas do sol. Mas essa bolha protetora tem um ponto fraco. Chamada de Anomalia do Atlântico Sul, é o único lugar onde as partículas solares podem entrar na atmosfera e bagunçar equipamentos caros. A anomalia cobre uma grande região da América do Sul e do Oceano Atlântico. Qualquer estação espacial ou equipamento que passe por ali corre o risco de perda de dados ou danos ao hardware. Por esta razão, as agências espaciais costumam desligar os satélites que viajam através da anomalia. Mas por que o campo magnético da Terra é mais fraco justo sobre as nossas cabeças? A anomalia é resultado de duas variáveis que ocorrem no centro do planeta: a inclinação do eixo magnético e o fluxo de metais em seu núcleo. Por causa da alta temperatura e enorme pressão, uma corrente elétrica é gerada, que, por sua vez, cria o campo magnético, que muda de lugar ao longo dos milhares de anos.

CACHOEIRA DE FOGO

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Durante certos anos, em fevereiro, uma visão espetacular pode ser vista no Parque Nacional de Yosemite, nos Estados Unidos. Na maior parte do tempo, essa parece com outras milhares de cachoeiras, mas por algumas semanas no início do ano, a transformação é tão notável que os turistas lotam o local. Alguns chamam o evento de “cachoeira de fogo” e é fácil perceber o porquê. A água parece ter desaparecido misteriosamente. Em seu lugar, uma lava laranja cai sobre o penhasco, brilhando como fogo. Mas é tudo uma ilusão de ótica que dura cerca de 10 minutos e é causada pela posição do sol poente no céu. Assim que o sol se põe abaixo de um certo ponto, a cachoeira volta ao normal.

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