Data atual:16 de abril de 2024

Avião: Como Alguém sobreviveu à uma Queda?

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Hoje o meio de transporte em massa mais seguro do mundo, o avião é um transporte que transporta em segurança milhões de passageiros todos os dias. Mas toda essa comodidade só foi alcançada após estudos incessantes de uma infinidade de acidentes, que eram bem mais comuns antigamente. E junto com muitos desses desastres, histórias de tirar o fôlego vieram com eles. Sem dúvidas, uma das mais inacreditáveis é a de uma mulher que sobreviveu a uma explosão e consequente queda de uma altura de cerca de 10 mil metros. Como isso foi possível? Confira aqui a história do voo 367 da Yugoslav Airlines, e como uma comissária entrou para o Livro dos Recordes por ter sobrevivido a maior queda livre sem paraquedas.

ERRO DE ESCALAÇÃO NO VOO?

avião

Era uma rotina comum para Vesna Vulovic, comissária de bordo da Yugoslav Airlines, até a empresa aérea ter cometido um erro de escalação. Ela não estava nos planos para trabalhar no voo 367, mas a companhia a confundiu com outra funcionária que também tinha o nome “Vesna”.

Ela então embarcou no DC-9 partindo de Copenhague, na Dinamarca, com destino a Belgrado, capital da extinta Iugoslávia. Tudo parecia bem. O tempo estava bom e o avião havia decolado normalmente da capital dinamarquesa.

EXPLOSÃO NO AVIÃO

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Cerca de 50 minutos depois, quando já estava em altitude de cruzeiro uma explosão destruiu o compartimento de bagagens do DC-9, fazendo com que o jato se partisse em dois. O avião levava, entre passageiros e tripulantes, 28 pessoas.

UM ATENTADO E NÃO UM ACIDENTE?

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Vesna, então com 22 anos, foi a única sobrevivente da tragédia. As investigações sobre o acidente começaram logo após os destroços terem sido localizados sobre uma pequena aldeia na Tchecoslováquia, mas a principal suspeita era de que não teria sido um acidente, e sim um atentado.

Entre os anos 60 e 80, nacionalistas croatas realizaram 128 ataques terroristas contra alvos civis e militares iugoslavos. As autoridades suspeitaram que terroristas croatas emigrados eram os culpados por derrubar o voo 367, mas nenhuma prisão jamais foi feita, e verdadeira razão pela qual o DC-9 explodiu ainda é questionada.

Alguns jornalistas e investigadores sugerem que o jato foi abatido por engano por um caça MiG da Força Aérea da Tchecoslováquia, tendo sido confundido com uma aeronave inimiga, embora isso sempre seja rebatido como uma teoria da conspiração.

MISTÉRIO DO VOO 367

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Maior do que o mistério sobre o por que o voo 367 teve seu triste fim e por que a caixa preta nunca foi encontrada, é como Vesna desafiou a morte tendo caído de uma altura tão grande. A mulher foi encontrada pelo morador Bruno Honke, que a ouviu gritar em meio aos destroços. Seu uniforme turquesa estava coberto de sangue. Honke foi médico durante a Segunda Guerra Mundial e foi capaz de mantê-la viva até a chegada do resgate.

Vesna partiu o crânio, as duas pernas e várias vértebras, ficou em coma por 27 dias e no hospital por 16 meses. Ficou temporariamente paralisada da cintura para baixo, mas o mais importante: sobreviveu. Depois, ela continuou trabalhando para a companhia aérea, ocupando um cargo administrativo.

MAS COMO ACONTECEU?

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A comissária sobreviveu à explosão e a queda porque ficou presa por um carrinho de comida na parte de trás do avião, tendo caído junto com ele, enquanto os demais passageiros foram sugados para fora pela rápida despressurização.

A cauda da aeronave foi encontrada em uma montanha coberta por árvores de folhagens fofas e muita neve recém caída, o que amorteceu bastante a queda e salvou a vida de Vesna. E claro, uma boa dose de sorte – muita sorte.

Em 1985, sua notória fama lhe rendeu o registro de “única sobrevivente a maior queda livre sem paraquedas” pelo Guinness Book. Ela dizia que não se lembrava do acidente nem do resgate e continuou voando como passageira.

Em 1990, foi demitida pela empresa aérea por participar de protestos contra o governo, mas não chegou a ser presa.

Nas duas décadas seguintes, sua fama na Sérvia a ajudou a se tornar ativista política e ela lutou contra o nacionalismo durante 20 anos. Em 23 de dezembro de 2016, aos 66 anos, Vesna foi encontrada morta em sua casa, em Belgrado, sem dinheiro e com uma saúde que já vinha bastante debilitada.

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